O local onde será construído o Porto de Águas Profundas deverá ser definido até o final deste ano, segundo informações do presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Clóvis Lacosque. Ele diz ainda que há possibilidade do superporto ser construído por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).
“A nossa expectativa é essa. Já concluímos e entregamos o nosso estudo à Secretaria dos Portos, e estamos aguardando um sinal verde do ministro para que a gente possa prosseguir com os estudos, ou definir o modelo que vai ser adotado, que pode ser uma PPP”, explica o presidente.
Lacosque explica que os estudos, desenvolvidos pela Codesa, apontam que o melhor local para a construção do porto seria no município de Vila Velha, e que um grupo internacional já está interessado na operação do novo porto.
“A gente estudou, e o local mais apropriado foi identificado como Vila Velha. A gente defende que seja lá. Já existem investidores internacionais interessados. São investidores de Singapura, que atuam com contêineres, mas eles não têm interesse em um porto de carga geral. O porto para carga geral tem que ter capacidade para operar todas as cargas, então a tendência no futuro é que esse porto tenha vários empreendedores”, afirma.
O presidente diz ainda que com a instalação do superporto, a expectativa é de que o Porto de Vitória passe a operar no atendimento de embarcações supply, isto é, embarcações que oferecem apoio às plataformas de petróleo e gás. Com a mudança, o faturamento do porto poderá dobrar em apenas um ano.
“O Porto de Vitória sobreviverá por muitos anos, porque grande parte dos terminais mundiais não recebe navios de grande porte. Então, as embarcações de médio porte vão continuar em operação por muito tempo. A tendência é que o porto começa a operar com embarcações supply. Se isso acontecer, o faturamento dobrará facilmente”.
