Escrito por Redação Portogente
A safra agrícola recorde vem para as estradas e o maior porto escoador de grãos do Brasil não está totalmente pronto para recebê-la. Nessa área portuária há dois cenários, em terra sobeja capacidade de movimentação, mas no mar não tem profundidade para receber grandes graneleiros. Estava escrito nas estrelas do mar que chegam à praia que a dragagem do canal do Porto de Santos sofria de muitos problemas. A verdade, infelizmente – como Portogente divulgou em primeira mão no dia 22 último –, chega justamente num momento em que o campo brasileiro precisa de um complexo portuário forte, eficiente e eficaz. Ao invés de uma profundidade de -15 metros, o maior porto brasileiro caiu para -12,3 metros (antes de começar a dragagem eram -13 metros de profundidade). E só para lembrar, porto não é local de armazenagem de carga, mas apenas e tão somente de passagem!
Ao se transformar em uma rede de criar novos problemas onde deveria levar solução, e provocar crise institucional, a Secretaria de Portos (SEP) promove resistência à logística e prejudica o embarque da produção da nossa excelente competitividade no campo.
Não basta a presidente Dilma Rousseff afirmar que todo mundo diz que da porteira para dentro a questão está resolvida, e que da porteira para fora é a questão da logística. É preciso colocar o dedo na ferida. Basta agir com competência, sem mais perda de tempo, para reverter o custo logístico de escoamento da safra brasileira que hoje é o dobro do americano. Não há mais mistério sobre o caminho a seguir.
Ainda que pareça uma atividade simples de tirar lama de funduras submersas, manter as profundidades de projeto de um porto com dragagem econômica e razoavelmente executada é uma tarefa técnica e especializada. Foi exatamente por desconsiderar essas peculiaridades que a crise institucional que a SEP instalou na dragagem do Porto de Santos quebrou duas empresas de dragagem e não liberou profundidade econômica para a navegação.
Fonte: Portogente
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